Monday, May 30, 2011

S. Jacinto antes e depois


Antes

Antes do Triatlo Longo de S. Jacinto, sentia-me completamente sonolento, fraco, sem energia e muito pouco confiante em relação ao objectivo para o dia: melhorar em relação a Lisboa.

Há vários dias que me sentia assim. Cheguei a ir à farmácia medir a tensão arterial de tão fraco que andava. Não tendo o resultado mostrado nada de anormal, comecei seriamente a considerar que o treino efectuado entre o Triatlo Longo de Lisboa e o de S. Jacinto não tinha sido o mais apropriado. Talvez tenha exigido de mais e agora era vez de pagar a factura do cansaço acumulado.

Para ajudar à festa: esqueci-me de levar o meu Isostar e só dei por isso no hotel, na véspera à noite, o adaptador do C02 avariou, as barras energéticas que costumo utilizar estavam esgotadas e tive que comprar outras, não encontrei nenhum restaurante que me servisse um prato de massa e acordei a meio da noite (na véspera da prova) com um desarranjo no estômago.

Depois

Depois de cruzar a linha de meta, não podia estar mais contente. Apesar de ter apanhado muito mais confusão de braços e pernas do que em Lisboa, saí da água com um melhor tempo.

A transição foi rápida e o início do ciclismo foi feito a bom ritmo com vento a favor. O que custava era o regresso. Entretanto, lá chegou a hora de comer a minha primeira barra energética e após duas dentadas já estava com problemas intestinais. Passei para o plano B e levei a prova alimentado a geles e água.

Este segmento foi feito numa bela estrada com a ria de um lado cheia de pescadores e a mata do outro com os assadores a carvão que chegava a dar inveja. A única nota negativa desta prova, vai para a quantidade de carros que por lá andava no meio dos ciclistas.

Nos primeiros metros de corrida, deu-se o momento chave do meu dia. Comecei a sentir um atleta aproximar-se com uma passada mais viva que a minha. Era o Pedro Quintela que levava já uma volta de avanço. No momento da ultrapassagem, pensei “o ideal para mim, era conseguir ir com ele”, mas uma outra voz ecoou na minha cabeça “aqui não há roda para seguires e se não fores ao teu ritmo vais rebentar”. Mas enquanto ponderava a decisão a tomar, tentei seguir alguns metros só para ver como me sentia. Passaram 20, 50, 100, 500, uma volta e eu continuava confortável com aquela passada. No fim da segunda volta, ele perguntou-me “em que volta vamos?” e eu respondi “eu estou a terminar a segunda e tu a terceira” e ele olhou para trás e disse “então bora lá manter este ritmo para ver se eu ganho os veteranos”. E assim foi, o Pedro Quintela venceu os Veteranos e eu ganhei 8 minutos em relação a Lisboa.

2 comments:

Hugo Gomes said...

Apesar das contrariedades o resultado final foi alcançado.
Parabéns!
Um abraço!

IronMena said...

Maravilha Pedro! Estás um Triatleta nato, c/ letra grande! I wish I had your legs! ;-)

E ainda por cima, c/ várias coisas fora do habitual, mesmo assim correu-te de feição. Muitos Parabéns!