Monday, December 26, 2011

Época 2012

Começa hoje a minha época 2012. Depois da maratona e do empeno do Tróia-Sagres, decidi parar por uns dias. Durante duas semanas estive a dar descanso ao corpo e, principalmente, descanso à mente da rotina de treino. Não deixei de correr, nem de pedalar, nem de nadar, mas deixei de treinar.
Hoje começa tudo outra vez, mas não começou da melhor maneira. A piscina onde treinei toda a época passada foi a mais recente vítima da situação em que vivemos e fechou as suas portas ao público. Logo no primeiro dia, já tenho que andar a fazer ginástica para conseguir cumprir os dois treinos programados. Mas nem tudo é mau. Já este sábado, temos a bonita S. Silvetre que irá servir de avaliação ao estado de forma actual da minha corrida e de referência de tempos para a programação dos próximos treinos. Até lá.

Monday, December 12, 2011

Tróia-Sagres


Depois de 200 difíceis quilómetros, não podia estar mais contente. Estou contente por ter recebido o convite para fazer parte da equipa do Peniche AC para a próxima época e mais contente ainda por ter aceite.

Mesmo com a data deste treino a calhar apenas 6 dias após a Maratona de Lisboa, não hesitei em participar. Não queria perder a oportunidade de conhecer os meus novos colegas de equipa, antes das provas começarem. Claro que tinha consciência das dificuldades que ia ter pela frente. As pernas iam estar doridas da maratona, o corpo não ia estar suficientemente descansado e para além disso, há quase dois meses que praticamente não pedalava. Mas mesmo assim, lá estava eu às 8h da manhã em Tróia, pronto para me fazer à estrada.

Os primeiros 75km não deixaram dúvidas. O ritmo ia ser alto, os músculos das pernas estavam duros que nem tijolos e eu ia ter dificuldades. Mas sempre que o corpo queria ceder, a cabeça não deixava. Nem a cabeça, nem os meus novos colegas. Na primeira vez que me deixei ficar 50 metros para trás do grupo, apareceu logo um colega (Joel, acho eu, que ainda nem sei os nomes de todos) com palavras de incentivo "Força Pedro, é só este mais este topo". O Sica tentava pôr-me a par das dificuldades que estavam pela frente para me ir preparando psicologicamente e nas últimas dificuldades do dia, já no Algarve, até contei com uma mãozinha nas costas dos irmãos Neves. Como eles diziam, "partimos todos juntos, chegamos todos juntos". Resultado: forma 200km em 6h37m com média de 30km/h. O corpo ficou moído, mas a alma está revigorada.

Não tenho dúvidas que o grupo é fantástico, quer em termos desportivos quer no ambiente entre todos. E eu estou muito contente por fazer parte.

Monday, December 5, 2011

Maratona de Lisboa


Depois de muito tempo afastado destas andanças, por um bom motivo (comecei o meu maior desafio de endurance: a paternidade) voltei este fim-de-semana com a Maratona de Lisboa. Entre fraldas, consultas no pediatra e horas infinitas de pai babado, lá encontrei tempo para treinar. O objectivo era combater as dificuldades sentidas na minha estreia no ano anterior: desidratação, dores musculares e de articulações. Assim, decidi introduzir no meu plano de treinos de 12 semanas, uma sessão semanal de reforço muscular, comprei um cinto para levar o meu reabastecimento e não ficar dependente do abastecimento (não) existente da prova e visitei o meu ortopedista que me receitou uns comprimidos para lubrificar as articulações. Resultado, foi uma maratona muito bem passada onde bati o meu record pessoal em 16 minutos, terminando com 3h17m45s (tempo de chip). Para o ano há mais.

Tuesday, October 18, 2011

O esforço compensa


É com muito orgulho que vejo o Lisboa International Triathlon associar-se à causa Operação Nariz Vermelho. Quer dizer que todo o esforço, dedicação e até alguma teimosia que coloquei nesta prova conseguiu inspirar alguém. Espero agora que a organização consiga inspirar muitos e muitos atletas.

Friday, October 14, 2011

Porquê?

Todos os atletas que se colocam numa linha de partida de uma qualquer prova têm uma resposta à pergunta "porquê?". Devo dizer que é essa resposta que me atrai em provas como maratonas, ironmans e outras que como estas sejam verdadeiros desafios. Pode ser o meu lado lamechas, mas fico sempre mais inspirado com a resposta do último classificado que com a resposta do primeiro. Hoje partilho a resposta de um senhor que terminou a prova no Hawaii em 16h40. Uma grande história. É só clicar aqui.

Monday, October 10, 2011

Num só dia


Num só dia, este senhor juntou-se ao reduzido grupo de super atletas que venceram por 3 vezes o título mundial de Ironman, bateu o record da prova que já durava há 15 anos, tornou-se no mais velho atleta a vencer o título e no único a fazer a dobradinha no mesmo ano: campeão do mundo de Half Ironman e Ironman. Tudo isto num só dia, ou melhor: em 8h03m56s.

Reportagem para ler aqui.

Friday, October 7, 2011

É já Amanhã

Amanhã é dia de ligar o computador à tv e ficar no sofá a ingerir tantas calorias quantas as que os atletas vão gastar. Para não me sentir muito mal, vou fazer uma corrida longa bem cedinho!

Trata-se da final do Campeonato do Mundo de Ironman no Hawaii. Uma oportunidade única de ver os melhores triatletas de longa distância a competir, incluindo o nosso Sérgio Marques. São horas inspiradores que acendem a chama competitiva de todos aqueles que, como eu, gostam deste desporto.

A não perder: a última hora da prova, onde muitos atletas amadores lutam contra eles próprios em situações extremas de sofrimento e agonia para cruzar a meta dentro do tempo limite. Há 2 anos uma mulher que caminhava em passo lento, já de noite, disse para a câmara "It looks like death but this is living". Palavras muito sábias!

Para ver aqui.

Tuesday, October 4, 2011

Fim de Época


Dois triatlos olímpicos e uma meia maratona em 20 dias. Até consigo ouvir o meu corpo dizer "dá para parar uma semana ou duas?". Mas se o corpo já fechou para balanço, a mente continua empolgada. Foi a minha estreia a correr com "os grandes". Uma final do Campeonato Nacional tem um nível competitivo muito alto e, esta prova em Abrantes, teve ainda um percurso muito exigente. Diz quem assistiu que, nem os atletas da frente conseguiram esconder as suas caras de sofrimento. Apesar de conhecer o traçado da prova de cor e salteado por treinar frequentemente em Abrantes, isso não me deu grande vantagem. Antes pelo contrário. Comecei logo a sofrer por antecipação. Ainda assim, decidi não desperdiçar a oportunidade de estar presente nesta festa. Dos 91 atletas que estavam na start list, classifiquei-me em 50º. E este é o número a abater na próxima época.

Tuesday, September 27, 2011

FINAL CAMPEONATO TRIATLO 2011


Nas últimas semanas, sinto-me uma criança no dia de Natal com os presentes à sua volta a querer brincar com todos ao mesmo tempo. Quando terminei a minha estreia na distância olímpica em Lisboa, mostraram-me mais dois presentes ainda embrulhados: a Meia Maratona e a Final do Campeonato Nacional de Triatlo em Abrantes. O meu coração disse-me para agarrar os dois. Afinal como estavam os pratos da balança? Desistir da Meia para me poupar para a final? Mas eu não estou a pensar ser campeão nacional! Só estar presente e poder fazer mais um triatlo, está bom para mim. E para além disso, já estou inscrito na Meia Maratona. Ainda pensei "ok, vou à Meia Maratona, mas vou poupar-me... fazer um treino". Impossível não querer ultrapassar aquele atleta que vai mesmo à nossa frente! Conclusão: no espaço de um semana, fiz o Olímpico de Lisboa em 2h12, a Meia em 1h30 e agora estou com muitas dores nas pernas e cansado, mas satisfeito por ter aproveitado estes dois presentes o melhor que conseguia. Assim será no Domingo. Posso ficar em último, mas fico feliz.

Monday, September 19, 2011

Estreias

Este domingo fiz a minha estreia no Campeonato Nacional e na distância Olímpica. Minutos antes da prova começar, estava algo apreensivo em relação às condições da prova: corrente no rio, muito vento e a estrada com muito ressaltos. Mas assim que a prova começou, concentrei-me no que tinha que fazer e no que tinha treinado. Nadei sem problemas, fiz transições rápidas, pedalei com um grupo grande do princípio ao fim do segmento, sempre muito atento à estrada, e depois corri o melhor que consegui. O resultado foi 2h12m. Nada mal para primeira vez.

Tuesday, August 30, 2011

TriChamusca


Um dos mantras mais famosos entre a comunidade Ironman é "o maior adversário que vais encontrar és tu próprio". Talvez por isso, não me incomode muito o facto de não ter equipa e de treinar sempre sozinho. Sou triatleta há 2 anos e este tem sido o meu dia-a-dia.

Este fim-de-semana tudo mudou. Numa iniciativa particular e única, lá fui treinar juntamente com 3 dezenas de triatletas de todos os pontos do país e de todos os níveis atléticos. E se treinar sozinho até pode dar alguma força psicológica, não há nada que supere esta experiência. Falar com outros atletas, ouvir as suas histórias, aprender com quem sabe mais, é sem dúvida muito inspirador.

Venha de lá esse TriChamusca2012.

Wednesday, August 3, 2011

Triatletas

No ano passado falei com um treinador de natação que me disse "gosto mais de treinar triatletas que nadadores". Intrigado, perguntei porquê? Ele respondeu-me "porque são mais determinados". Na altura, não levei muito a sério. Mas hoje, esta frase voltou a tocar na minha cabeça.

Estamos em Agosto e aqui para os meus lados todas as piscinas fecham para limpeza e reparação técnica. Ainda assim, corro a lista de piscinas com telefonemas para tentar arranjar maneira de cumprir o meu treino. Levanto-me mais cedo, meto-me no carro e lá vou eu para o outro lado da cidade. Chego lá e encontro o cartaz colado na porta ainda fechada "novo horário: das 9h-19h". Ligo para outra que me diz que preciso primeiro de marcar um teste com o professor, outra diz que tenho que ser sócio e pagar a inscrição. Mesmo assim não desisto. Só me resta a hora de almoço para dar umas braçadas. É apertado de tempo entre deslocações, equipar, tomar banho e almoçar (porque triatleta precisa de se alimentar) mas um treino de 45 minutos é melhor que nada. Quando finalmente entro na água, sinto o meu ombro direito a arder. É o coloro a entranhar-se nas queimaduras da minha queda de bike no treino de domingo passado. O relógio está a andar e tenho 15x100m para fazer.

Talvez fosse isto que o tal treinador queria dizer com "determinados".


Monday, July 25, 2011

Regresso




O Triatlo de Abrantes ficou marcado pelo regresso na super Vanessa, no dia em que eu também regressei às provas. Mas vamos despachar o meu regresso para irmos ao que interessa.

O meu: depois de um mês sem correr, devido à lesão contraída na prova de Peniche no pé esquerdo, lá voltei ao Triatlos. Uma paragem devido a lesão que aproveitei para juntar a umas férias em família, onde apenas pedalei e nadei para fazer “manutenção”. Depois, lá comecei a correr aos poucos e bem devagarinho. Os treinos, só começaram na segunda-feira anterior a Abrantes e por isso mesmo, não fui para a prova com grandes expectativas. Apenas aproveitar o ambiente e fazer o melhor possível. Senti-me claramente fora de forma e na corrida ainda decidi ir com calma para evitar recaídas no dito pé. Surpresa das surpresas, tirei 2 minutos ao meu tempo final do ano passado.

O da Vanessa: estava eu a preparar as minhas coisas para efectuar o check-in, quando oiço uma voz dizer “vem aí a Vanessa, pode abrir a cancela?”. Na altura, não prestei atenção, mas instantes depois reparei que quem estava a falar era o sr. Venceslau Fernandes que segurava um quadro de uma bike. Instantes depois, Vanessa Fernandes chegava ao recinto da prova e durante o dia perceberam-se claramente dois momentos distintos: o antes e o depois da prova. Antes, todos olhavam de longe e comentavam baixinho “come será que ela está?”, “achas que está em forma?”, “será que está recuperada?”, “cá para mim ainda ganha isto!”, enquanto a própria Vanessa timidamente se preparava sempre de olhos no chão para evitar demasiadas conversas. Aqueles, mais próximos da atleta lá foram dar um beijinho, mas passou quase despercebida até à linha de partida. Quando a prova começou, tudo mudou. Das margens do rio e das estradas, o público não se cansou de gritar “força Vanessa”, “vai Vanessa”, “acredita Vanessa”. E ela foi mesmo para a vitória na prova. No fim, todos queriam dar um beijinho, deixar uma palavra de incentivo e tirar uma foto. Aquilo que num dia qualquer teria sido uma enorme chatice, foi uma grande alegria que a sua cara não conseguia esconder por ter sido tão bem recebida pela família do triatlo. Força Vanessa!

Tuesday, June 28, 2011

Half Season




O planeado encontrou-se à esquina com o acaso. No início da época quando o eu-treinador, planeou a época do eu-atleta, incluiu 4 semanas de recuperação. Tratavam-se de 4 semanas de férias com a família a aproveitar os feriados e mesmo a calhar para descansar do meu primeiro triatlo longo que depois acabaram por ser dois (Lisboa e Aveiro). Até aqui tudo certo.

Mas 2 dias depois da prova de Aveiro, uma dor na superfície do pé esquerdo não antecipava nada de bom. Confesso que na altura, não levei a dita dor muito a sério. Para quem nunca tinha passado da distância sprint, fazer dois triatlos longos num mês, seria de esperar que doesse tudo e não apenas o pé.

Só que ainda antes da paragem planeada, havia o triatlo de Peniche para fazer. Devo afirmar que correu muito bem, mesmo com o cansaço acumulado. Mas horas depois de cruzar a meta, a dor voltou e com mais força. E para minha surpresa, o pé estava mesmo inchado.

Marquei o ortopedista, fiz gelo e parti para férias. As más notícias eram que a consulta só para 4 semanas depois e o inchaço não parecia desaparecer. As boas notícias era que não tinha dores em cima da bicicleta.

Forçado pelo acaso, tive que parar de correr e motivado pelo planeado, mantive as minhas 4 semanas de descanso. Um descanso activo, claro está, que consistia em treinar sem plano de treinos, sem repetições, sem duração definida nem horários. Fazer apenas aquilo que me apetecia. Destas 4 semanas, aqui ficam os treinos que me souberam melhor.

Natação na baía da Praia da Vitória, na Ilha Terceira.

Natação ao pôr do sol no rio Tejo em Abrantes.

Subida à Torre a partir de Manteigas com passagem no deslumbrante vale glaciar do Zêzere.

Recuperado, amanhã volto aos treinos.

Monday, May 30, 2011

S. Jacinto antes e depois


Antes

Antes do Triatlo Longo de S. Jacinto, sentia-me completamente sonolento, fraco, sem energia e muito pouco confiante em relação ao objectivo para o dia: melhorar em relação a Lisboa.

Há vários dias que me sentia assim. Cheguei a ir à farmácia medir a tensão arterial de tão fraco que andava. Não tendo o resultado mostrado nada de anormal, comecei seriamente a considerar que o treino efectuado entre o Triatlo Longo de Lisboa e o de S. Jacinto não tinha sido o mais apropriado. Talvez tenha exigido de mais e agora era vez de pagar a factura do cansaço acumulado.

Para ajudar à festa: esqueci-me de levar o meu Isostar e só dei por isso no hotel, na véspera à noite, o adaptador do C02 avariou, as barras energéticas que costumo utilizar estavam esgotadas e tive que comprar outras, não encontrei nenhum restaurante que me servisse um prato de massa e acordei a meio da noite (na véspera da prova) com um desarranjo no estômago.

Depois

Depois de cruzar a linha de meta, não podia estar mais contente. Apesar de ter apanhado muito mais confusão de braços e pernas do que em Lisboa, saí da água com um melhor tempo.

A transição foi rápida e o início do ciclismo foi feito a bom ritmo com vento a favor. O que custava era o regresso. Entretanto, lá chegou a hora de comer a minha primeira barra energética e após duas dentadas já estava com problemas intestinais. Passei para o plano B e levei a prova alimentado a geles e água.

Este segmento foi feito numa bela estrada com a ria de um lado cheia de pescadores e a mata do outro com os assadores a carvão que chegava a dar inveja. A única nota negativa desta prova, vai para a quantidade de carros que por lá andava no meio dos ciclistas.

Nos primeiros metros de corrida, deu-se o momento chave do meu dia. Comecei a sentir um atleta aproximar-se com uma passada mais viva que a minha. Era o Pedro Quintela que levava já uma volta de avanço. No momento da ultrapassagem, pensei “o ideal para mim, era conseguir ir com ele”, mas uma outra voz ecoou na minha cabeça “aqui não há roda para seguires e se não fores ao teu ritmo vais rebentar”. Mas enquanto ponderava a decisão a tomar, tentei seguir alguns metros só para ver como me sentia. Passaram 20, 50, 100, 500, uma volta e eu continuava confortável com aquela passada. No fim da segunda volta, ele perguntou-me “em que volta vamos?” e eu respondi “eu estou a terminar a segunda e tu a terceira” e ele olhou para trás e disse “então bora lá manter este ritmo para ver se eu ganho os veteranos”. E assim foi, o Pedro Quintela venceu os Veteranos e eu ganhei 8 minutos em relação a Lisboa.

Monday, May 2, 2011

Missão Cumprida em 5 horas 1 minuto e 5375 Likes


Dizem que uma viagem de duas semanas dura aproximadamente dois meses. Começa um mês antes com os preparativos e só termina umas semanas depois com as fotografias e as histórias para contar. Assim se passou comigo no Triatlo Longo de Lisboa.

Quando decidi inscrever-me nesta prova, aconselharam-me cautela, uma vez que saltei directamente da distancia Sprint para a distância Longa sem passar pela Olímpica.

E como se este desafio pessoal não fosse suficiente, decidi torná-lo maior e fazê-lo para angariar fundos para a Operação Nariz Vermelho. Montei o projecto e fui apresentá-lo à Compal que de imediato disse “sim, queremos participar”. Três semanas antes da prova lancei no Facebook a página “Os meus 113km pelo Nariz Vermelho”. Por cada Like/Gosto angariado, a Compal doava 1 EUR. Eu só tinha que chegar ao fim. Em apenas 48 horas já tínhamos atingido os 2000 e a responsabilidade começava a aumentar.

Às 8 horas da manhã do dia 30 de Abril, as minhas verdadeiras preocupações eram tudo aquilo que me fugia do controlo: os murros e pontapés perdidos na natação, a chuva que podia provocar quedas e as possíveis avarias na bicicleta. Desse lá por onde desse, eu tinha que chegar ao fim.

Surpreendentemente, a natação correu muito bem e sem problemas. 35 minutos depois da buzina da partida, saí da água em direcção à bicicleta. Começaram a cair as primeira pingas e os primeiras atletas. Muito concentrado, lá fui pedalando, hidratando e alimentado o corpo. Sem quedas, sem furos ou avarias lá cheguei de novo à transição. Na minha cabeça ecoava a frase “Já está!”. Só faltava correr que é o que mais gosto de fazer, o que podia correr mal? Mas à segunda volta da corrida, senti uma quebra como nunca tinha sentido. Não era cansaço, não me doíam as pernas, não sentia o coração a saltar-me da boca... apenas não conseguia manter o ritmo. Instintivamente decidi desatar a comer e beber tudo o que apanhava e surpresa das surpresa, voltei à minha passada nas duas últimas voltas.

Terminei o meu primeiro triatlo longo com a sensação de dever cumprido. À minha espera na linha de meta estavam dois Drs. Palhaços da Operação Nariz Vermelho que fizeram questão de estarem presentes para assinalar o momento: 5horas 1 minuto e 5375 Likes.

Tuesday, April 19, 2011

Prova de Preparação






Quando planeei esta época, estabeleci dois grandes objectivos: Half Ironman de Lisboa e Maratona do Porto. Quando se ouviu em Coimbra o sinal de partida para mais um triatlo Sprint, estava muito claro na minha cabeça, qual o meu propósito naquele dia. Claro que queremos sempre fazer o melhor possível, claro que queremos melhorar os nossos tempos, claro que queremos evoluir, mas a tão pouco tempo do primeiro objectivo da época optei por tomar algumas precauções. Quando me inscrevi em Coimbra, foi para ganhar ritmo, para testar todo o equipamento que vou utilizar no Half de Lisboa, incluindo fato e bike (novos a estrear) e para fazer mais um treino de natação em grupo, uma vez que nos meus treinos nado sempre sozinho. E para além disto tinha que me manter longe de problemas que pudessem pôr em causa as últimas 2 semanas de preparação para a prova. Refiro-me a quedas na bicicleta, o que me levou a optar por rodar sempre fora dos grupos, e a entorses nos pés que me levaram a ter algum cuidado na corrida, por esta ser toda em piso de terra batida. Neste sentido, mais que no resultado, o Triatlo de Coimbra foi excelente para mim. Provavelmente, mesmo que não tomasse todas estas precauções, tinha feito o mesmo tempo. Para recordação, fica o tempo final: 1h16m (101º da geral)

Wednesday, April 6, 2011

Os Meus 113Km pelo Nariz Vermelho


Estou prestes a meter-me em trabalhos e preciso de uma pequena ajuda vossa.

No dia 30 de Abril vou participar no Half Ironman de Lisboa (1,9km natação/90km de ciclismo/ 21km de corrida). Para além do desafio pessoal, vou fazê-lo para angariar fundos para a Operação Nariz Vermelho, com a colaboração da Compal.

Por cada Like que eu tiver na página “Os Meus 113Km pelo Nariz Vermelho”, a Compal dá 1 EUR à ONV.

Eu só tenho que chegar ao fim. Vocês só têm que clicar. (1LIKE=1EUR)

Aqui está o link.

http://www.facebook.com/home.php#!/pages/Os-meus-113Km-pelo-Nariz-Vermelho/158943960832955


Por favor passem aos vosso amigos e até dia 30.

Tuesday, March 29, 2011

Mr. Armstrong


Lembram-se deste senhor? Chama-se Lance Armstrong, nos seus tempos de triatleta. Muitos têm sido os rumores que Mr. Armstrong voltará este ano aos triatlos e logo à mítica ilha de Kona para correr na final do campeonato do mundo de Ironman.

Uns dizem que só vai correr pela divulgação e angariação de fundos para a sua fundação, outros dizem que ele irá correr para vencer o seu age-group, outros afirmam que ele irá tentar vencer a prova e, muitos dizem que isso é impossível. Ele próprio ainda não fez uma declaração clara sobre o assunto. Mas ao que parece, o seu treinador de atletismo disso tudo, e de uma forma muito simples e concisa:

“He’s going into this seriously,” he said. “The way he talked about it, he said, ‘You need to be able to get me to run 2:30 when I’m fresh. If I can do that, I can run 2:50-2:55 [in an Ironman], and if I can do that, I’ll win.’” (artigo completo)

Há dois anos que sigo atenciosamente a prova pela internet. Ao que parece, motivos não faltam para acompanhar também este ano.

Monday, March 21, 2011

Triatlo de Alpiarça


Quem não gosta de melhorar? É verdade que não é atrás dos tempos que eu corro. Faço triatlo e desporto porque gosto, porque me faz sentir bem e, em breve, porque espero também ajudar os outros a sentirem-se melhor através da parceria com a Operação Nariz Vermelho. Mas a verdade é que o cronómetro está a contar e não há maneira de não olhar para ele quando cruzamos a meta.

Confesso que não tenho o espírito competitivo muito apurado. Talvez por não estar inserido em nenhuma equipa, por treinar sozinho, por não ter um treinador, etc.. Mas ainda assim, um ano depois de me ter iniciado na modalidade (precisamente em Alpiarça) chegar ao fim e ver que tirei 1 minuto ao tempo da natação, 3 minutos ao ciclismo e ver que subi na classificação deixa-me obviamente satisfeito. Afinal, quem não gosta de melhorar?

Para recordação ficam os tempos finais:
2010: 1h13m (o meu primeiro triatlo)
2011: 1h10m (um ano depois)

Friday, March 18, 2011

Vamos lá então


Depois de 4 meses de trabalho solitário, eis que a época 2011 vai começar. Digo "trabalho" em vez de "treino" porque foi isso mesmo que andei a fazer. Para além de traçar os objectivos para este ano, de fazer o plano de treinos e de treinar, decidi ainda tornar a minha prática desportiva mais relevante.

Após algumas reuniões, projectos, propostas e ideias cheguei a acordo com a Operação Nariz Vermelho. Este ano, irei correr para divulgar e tentar angariar fundos para esta organização privada que tem o trabalho nobre de levar todos os dias alguns sorrisos às crianças que estão hospitalizadas. Aquelas que em vez de andarem na rua, a brincarem com os amigos, a correrem, a andar de bicicleta ou nadarem como nós, têm que estar internadas a fazerem exames, a tomar comprimidos e a saltar de consulta em consulta.

Mas não estou só nesta cruzada: Nuno, Clara, Ricardo e Cláudia já alinharam também.

Como diz um blog amigo "Vamos lá então"
- Triatlo de Alpiarça
- Corrida do Benfica (Início da parceria Operação Nariz Vermelho)
- Triatlo da Quarteira
- Half Ironmam de Lisboa (Parceria Operação Nariz Vermelho)

Se ainda não conhecem o trabalho desta organização, cliquem aqui.

Boas provas para todos.


Monday, February 28, 2011

Corrida da árvore


Pela primeira vez, lá fomos nós até ao Monsanto participar na Corrida da árvore. Uma prova despretensiosa, com poucos corredores, num belo cenário e com o melhor prémio de participação de todo o calendário de provas: um pinheiro para plantar.
Uma excelente ideia que faz esquecer as muitas dores que se acumulam nas pernas causadas pelo constante sobe e desce. Em 10km de prova, talvez haja cerca de mil metros planos. O resto é a sempre a moer os músculos.
Após alguns meses, apenas a treinar, esta foi a nossa primeira prova do ano que serviu especialmente para despertar o espírito competitivo e a motivação.
Não tarda nada, está aí o primeiro Triatlo da época.

Para recordação:
Pedro Vieira 41'54''
Nuno Pereira 50'
Clara Raimundo 1h01'31''

Thursday, January 20, 2011

Homens de Ferro

Hoje às 19h20 uma reportagem sobre os portugueses no Ironman na Sport TV1 com repetição amanhã na Sport TV2. Chama-se "Super Atletas". E com razão.

Tuesday, January 11, 2011

7h30


É aqui que eu percebo que a coisa está a ficar séria: quando chego à piscina ainda às escuras e não está lá ninguém.

Monday, January 10, 2011

2011 Arranca Hoje

Começa hoje oficialmente a minha época 2011. Os últimos dias foram passados a programar a época, a escolher as provas e a fazer planos de treinos. Uma época que promete ser muito mais exigente quer em quantidade de provas quer em volume e intensidade de treino. Ainda assim, estou muito motivado. E nada melhor que levantar-me cedo e olhar para o meu programa de treinos que diz "Segunda-feira: dia de descanso". Para todos que procuram inspiração para a época que se avizinha, aqui ficam as palavras sábias de Sr. Rocky Balboa.


Monday, January 3, 2011

2010/2011

Eu não inventei nada. Toda a gente sabe que para se alcançar alguma coisa, para se sentir realização em algo é preciso, primeiro, estabelecer um objectivo. Em segundo, talvez a parte mais difícil, é lutar por ele.

Em 2010 foi assim: fazer a minha primeira época de triatlo e correr a minha primeira maratona eram os objectivos. Pesquisei muito sobre estes assuntos, Li tudo o que apanhei à frente para aprender com aqueles que sabem mais que eu, treinei com todas as minhas forças e lá consegui cumprir os meus objectivos.

Para 2011, desejo pelo menos que seja igual em termos de realização desportiva. A pequena grande diferença é que os objectivos são outros e bem mais ambiciosos:

- Plano A:
Uma prova multi-desportos por equipas em Genebra
Maratona de Nova Iorque

- Como ambas as provas dependem de um sorteio, existe um Plano B:

HalfIronman de Lisboa
Maratona do Porto

Pelo meio, muitos triatlos e outras tantas corridas. Numa altura em que tudo e todos indicam que 2011 será um mau ano, desejo apenas que cada um faça a sua parte para provar o contrário.